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Nessa palestra serão abordados aspectos de como as drogas de abuso são estudadas em laboratório. As drogas de abuso têm aspectos neurobiológicos em comum? Por que algumas causam mais vício que outras? Para que serve o circuito de recompensa? Como as drogas mais conhecidas funcionam? Em especial, a maconha será mencionada em mais detalhes, mencionando pesquisas recentes que explicam como ela estimula o apetite (“larica”) e prejudica a consolidação de novas memórias.

A proposta desta palestra é analisar como a entrada de alunxs negrxs, em decorrência de políticas afirmativas, nos cursos de graduação tem provocado fissuras no modelo eurocêntrico de produção de conhecimento que rege a universidade brasileira. Abordaremos o chamado "epistemicídio" dos saberes africanos/ afrodiaspóricos e os movimentos insurgentes de coletivos negros nas universidades.

Muitas vezes os vegetais são pouco estimados pelo público por supostamente passarem a vida parados e chamando pouca atenção. Entretanto, aos fiéis olhos observadores, é garantida uma riqueza inimaginável de cores, formas e movimentos. Esta palestra mostrará como as plantas são capazes de movimentos incríveis! E isso sem nem precisarem se deslocar. Nela, serão analisados os movimentos trópicos e násticos sob aspectos morfo e fisiológicos dos vegetais, acompanhados de vídeos em detalhes desses movimentos em angiospermas.

A presente palestra pretende proporcionar aos participantes uma visão ampla e integrada das estruturas e processos que determinam a evolução em habitats subterrâneos, com ênfase nos sistemas brasileiros. Pretende-se dar aos participantes uma visão geral dos avanços desta ciência no Brasil, com exemplos de recentes descobertas em cavernas brasileiras, algumas das quais com grande impacto sobre diferentes áreas do conhecimento, como seleção sexual.

Palestras

Nos espaços onde são realizadas as palestras, contamos com a participação de pesquisadores de diversas instituições, de modo a oferecer diferentes visões sobre as áreas de atuação na biologia. É um momento muito importante da BioSemana, pois os participantes podem, em um curto período, adquirir conhecimento sobre diversas áreas das Ciências Biológicas. Duas palestras sempre ocorrem ao mesmo tempo em diferentes auditórios, para possibilitar uma maior variedade aos participantes. Contamos ainda com a participação de um palestrante internacional, com a vinda patrocinada pelo Instituto Luísa Pinho Sartori.

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Explorando a biodiversidade na escuridão:

avanços e perspectivas em biologia subterrânea no Brasil

Por vezes assumimos como mais inteligente, animais que realizam tarefas comuns a humanos. Desta forma, consideramos os chipanzés inteligentes por usar ferramentas. Entretanto, golfinhos não usam ferramentas, pois não possuem polegar opositor, uma vez que seus membros anteriores foram adaptados em nadadeiras. Contudo, em cetáceos foram selecionadas características anatômicas e cognitivas, capazes de produzir um repertório acústico complexo. Em vista disto, esta palestra pretende falar sobre a comunicação dos cetáceos e discutir seu papel como um sinal de inteligência.

Interdisciplinaridade e Contextualização no Ensino de Biologia

A forma de ensinar Biologia sofreu inúmeras modificações nos últimos anos. Nos dias de hoje, mesmo após muitos anos do ensino dessa disciplina, ainda se observa que o ensino de Biologia possui caráter pouco motivador e desafiador para os educandos em função de uma prática docente desvinculada da realidade, restrição dos conteúdos, reduzindo-os apenas aos livros didáticos, ocasionando um ensino passivo e desprovido de contextualização. O objetivo dessa palestra é apresentar os aspectos históricos do Ensino de Ciências, com ênfase no Ensino de Biologia, e debater os termos Interdisciplinaridade e Contextualização dentro do Ensino de Biologia.

Educação Ambiental e Relações étnico-raciais

Recifes amazônicos: Fronteiras no conhecimento e conservação

Desde 2012 tem sido realizado um esforço coordenado de pesquisadores da UFRJ, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, da Universidade Federal do Espírito Santo, da University of Georgia e de outros grupos parceiros no sentido de mapear e caracterizar a gigantesca formação recifal   (> 9.500 km2) que ocorre ao largo da foz do Rio Amazonas. Até o momento foram realizadas duas campanhas oceanográficas multidisciplinares, e uma terceira campanha está prevista para 2017. Conhecidos desde o início da década de 1970, a partir da publicação dos resultados geológicos do projeto REMAC (Reconhecimento Global da Margem Continental Brasileira - Petrobras), os recifes amazônicos permaneceram praticamente desconhecidos do ponto de vista bio-ecológico. Apenas a partir de 2016, com a publicação dos resultados da primeira etapa do nosso projeto, os recifes amazônicos passaram a receber maior atenção, não apenas da comunidade científica, mas também da mídia, dos órgãos ambientais, e de organizações ambientalistas transnacionais. Apresentaremos aqui o histórico do nosso projeto e os principais avanços no conhecimento alcançados até o momento, com ênfase nas forçantes oceanográficas que influenciam a estrutura e a dinâmica das comunidades biológicas, bem como na evolução das formações carbonáticas ao longo do Holoceno. Além disso, apresentaremos um panorama geral sobre os usos e pressões antropogênicas sobre esse sistema recifal ímpar, heterogêneo, hiperdinâmico e intimamente associado à pluma hipossalina do Rio Amazonas. O contexto regional, além da sua evidente relevância científica, também representa um enorme desafio para consolidar a soberania brasileira sobre a margem continental através da utilização sustentável dos recursos naturais, vivos e não vivos, a qual depende de políticas públicas ainda bastante incipientes e frágeis. Contribuíram com essa apresentação os Profs. Gilberto M. Amado-Filho e Fernando C. Moraes (JBRJ), Alex C. Bastos (UFES), Paulo S. Salomon e Rodolfo P. Paranhos (UFRJ), Patricia Yager (UGA), e suas respectivas equipes.

Na sua opinião, o que é epigenética?

Em 1942 Waddington cunhou o termo "Epigenética", ao qual ele se referiu como mudanças fenotípicas que não são acompanhadas ou explicadas por mudanças genotípicas. De forma mais ampla, na atualidade, após anos de progresso nessa área, é possível definir "Epigenética" através dos mecanismos que transmitem padrões de expressão gênica entre gerações sem alteração na sequencia de DNA. Em síntese, define o genoma funcional e sua deslumbrante estratégia de responder de forma pontual e personalizada aos estímulos e desafios do dia a dia.

Antropoceno: o homem como uma força geológica

Negros na Universidade: conquistas e desafios

Atualmente somos cerca de 7 bilhões de pessoas no planeta. Com isso, temos ultrapassado os limites de extração de recursos, refletindo em um déficit na capacidade de regeneração do planeta. É nesse contexto de impacto que tem se discutido cada vez mais a utilização do termo “Antropoceno”.O termo Antropoceno; (Anthropo= homem; ceno= na perspectiva geológica, relacionado a tempo) se refere ao tempo em que a ação humana se torna uma força geológica, com preservação (e potencial preservação) no registro geológico dos impactos humanos sobre o planeta. E quais são os eventos antropocênicos com capacidade de deixar registro geológico? Certamente a Revolução Industrial, os testes nucleares, a agricultura e até a grande quantidade de restos de animais em criações para alimentação humanarepresentam bons exemplos.

Por que golfinhos não são macacos aquáticos? Uma discussão sobre a bioacústica dos cetáceos

O processo de espoliação do território latinoamericano levou a uma profunda desigualdade distributiva dos danos e prejuízos ambientais. Recaem sobre as populações periféricas, indígenas e negras, um peso maior e, ainda assim, estas são acusadas de causar danos ambientais. Como a Educação Ambiental pode ajudar a superar as desiguldades e as injustiças socioambientais? Esta conversa tem a pretensão de a partir daí, pensar a democracia em nosso continente a partir de uma educação ambiental comprometida com seu povo, na superação do racismo e na construção de uma sociedade sustentável

As metas de Aichi da Biodiversidade (2010), os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (2015) e o Acordo de Paris do Clima (2015) apontam para um futuro no qual natureza saudável e fim da pobreza são base comum para o planeta. Na palestra vou apresentar os acordos, apontar como o Brasil pretende cumpri-los, e discutir como a ciência pode se aproximar mais do processo de decisão e das soluções.

A interface ciência-política:

clima, biodiversidade e desenvolvimento sustentável

Âncora 1
ciencia politica
negros
antropoceno
epigenética
recifes
EA
interdisciplinaridade
golfinhos

O Poder do Movimento em Plantas

movimento em plantas

Neurobiologia de drogas de abuso

 

Palestrante: Drª. Marília Zaluar Passos Guimarães

A engenharia genética para criação de Organismos Geneticamente Modificados: Mitos e Fatos

A engenharia genética é uma ferramenta que vem sendo utilizada em vários campos da medicina e biologia, entre outras área. Mas a utilização dessa ferramenta para criação de Organismos Geneticamente Modificados tem sido polêmica. Na palestra será abordado como essa ferramenta funciona, abordando aspetos utilizados a mais de 3 décadas como a edição genômica, uma nova tecnologia implementada nos últimos anos. Para estudo de caso, vamos aprofundar em plantas geneticamente modificadas, talvez o ponto mais discutido e polêmico desta nova tecnologia.

Neurobio
engenharia genetica

Democratização da Educação Superior Pública: Permanência como resistência e luta

Esta fala tratará panoramicamente dos últimos acontecimentos históricos ligados aos processos de democratização, ou massificação, da educação superior pública (2003 – 2017), no que tange às questões das mudanças no acesso, trazendo para as universidades novos perfis de estudantes, antes excluídos. Entretanto, a ênfase será dada nos aspectos da evasão/permanência, visto que muitos desses alunos não estão conseguindo levar seus cursos até a conclusão e formatura. Fruto de pesquisa e tese de doutoramento, defendemos que as ações que visam transformar essa realidade de evasão/permanência devem levar em conta pelo menos três dimensões complementares: a Dimensão Material, a Dimensão Pedagógica e a Dimensão Subjetiva; essas categorias foram construídas a partir das falas dos respondentes da referida pesquisa, todos e todas estudantes concluintes, evadidos e das representações estudantis. Hoje, quando vivenciamos ataques diretos às conquistas históricas na área da educação, é preciso intensificar a rede de ação sobre a evasão, visto que especialmente nesse momento, permanecer é uma forma de resistir e lutar. Assim salientamos, ainda, a importância de ouvir-se os discursos dos lugares-sujeitos alunas e alunos, como aqueles que atravessados de história e da vivência da exclusão estrutural da educação superior carregam saberes, e podem indicar caminhos e construir coletivamente uma universidade verdadeiramente democrática e socialmente referenciada que resista ao desmanche da educação pública, resignificando-a.

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