Eis que a BioSemana chega em sua vigésima edição. E nas suas duas décadas, talvez seja hora de rever utopias. A BioSemana cresce, em número de participante e espaços, a cada ano. E isso nos enche de orgulho, mas o hipopótamo se torna cada vez mais pesado e difícil de ser carregado. Tantas decisões a tomar, tanta gente pra agradar, tanta tradição a cumprir, um nome a honrar.

 

Mas a BioSemana não é um peso a ser carregado. Não é um fardo levado por uma garça e poucos passarinhos. Tão pouco é um evento particular, um produto, que nós, Organização, oferecemos a vocês, Participantes. A BioSemana é fruto de uma construção coletiva. A BioSemana é um ser por si só, que existe, que é. Parte do nosso querido CABio, filha orgulhosa do IB, mas também de muitos outros. Daqueles, da casa, que tanto sugerem e a amam, aguardando-a sempre ansiosamente. Daqueles que vem de longe, que buscam por ela. E, claro, também daqueles que aceitam nossos (insistentes) convites para serem parte disso tudo.

 

Não cabe a nós passarinhos levar o hipopótamo, mas sim guiá-lo pelo melhor caminho. Porque esse hipopótamo há muito criou asas próprias. E que ele voe livre, sendo o que quiser e o que tiver que ser, inspirando a muitos e também ensinando a voar.

 

Texto por Daniel Bressan