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Palestras

Nos espaços onde são realizadas as palestras, contamos com a participação de pesquisadores de diversas instituições, de modo a oferecer diferentes visões sobre as áreas de atuação na biologia. É um momento muito importante da BioSemana, pois os participantes podem, em um curto período, adquirir conhecimento sobre diversas áreas das Ciências Biológicas. Duas palestras sempre ocorrem ao mesmo tempo em diferentes auditórios, para possibilitar uma maior variedade aos participantes. Contamos ainda com a participação de um palestrante internacional, com a vinda patrocinada pelo Instituto Luísa Pinho Sartori.

A Dança Cósmica de Shiva: contingências e ritmo na evolução da vida

Segundo o palestrantre, a graça dessa palestra são as surpresas, e não cabe estragá-las.

Ferramentas genéticas aplicadas à conservação: estudos de caso com mamíferos aquáticos

Nas últimas décadas, técnicas genéticas têm se consolidado como importantes ferramentas para a conservação das espécies. Esta palestra apresenta as principais aplicações da genética na conservação, a saber: taxonomia molecular, delimitação de populações, demografia molecular, ecologia molecular, manejo ex situ e genética forense da conservação. Exemplos práticos do uso da genética na conservação são apresentados, com ênfase em estudos de mamíferos aquáticos no Brasil.

Relação de Zika e Microcefalia

 

A importância da otimalidade, o alinhamento e a morfologia na análise filogenética

Para poder inferir a história evolutiva de um grupo de espécies, é necessário tomar decisões sobre as diversas opções analíticas, tais como o critério de otimalidade para avaliar as hipóteses filogenéticas, o tipo de evidência para testar as hipóteses e, se for incluir sequências de DNA na análise, o método para alinhar os nucleotídeos. Ao longo dos últimos 40 anos, o debate sobre os critérios de otimalidade tem gerado milhares de páginas nos melhores periódicos científicos da área, enquanto a análise crítica das vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de evidência e métodos de alinhamento foi deixada de lado. O objetivo desta apresentação é examinar a validade desse ênfase desproporcional. Especificamente, em comparação com a escolha do critério de otimalidade, a escolha do método de alinhamento é empiricamente relevante? E, considerando os avanços tecnológicos que permitem gerar enormes datasets de sequências de DNA, vale a pena incluir a morfologia nas análises filogenéticas?

ANTÁRTICA: Continente da ciência

As pesquisas desenvolvidas ao longo dos últimos anos no continente antártico, especialmente na Baia do Almirantado, visam identificar o efeito das mudanças globais sobre os diversos compartimentos do ecossistema, nas áreas das ciências atmosférica, terrestre e marinha. Neste contexto, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA) realiza seus estudos tendo como linha dorsal a “Complexidade dos ambientes e suas relações com as atividades humanas”. Essas alterações ressaltam a importância de um monitoramento continuo de longa duração tendo como necessidade de realizar diversas pesquisas específicas e complementares, relativas às aspectos estruturais e funcionais desse ecossistema,tendo como objetivo principal “Estudar e avaliar os efeitos da atividade antrópica na Baía do Almirantado”;Os objetivos especificos e complementares são: 1)Imageamento do leito marinho através de veículos observação autônoma (ROV) para estudo dos organismos bentônicos; 2)Utilização de um equipamento perfilador do sedimento para estudo dada interface água-sedimento;3)Utilização de geolocalizadores em aves marinhas para o monitoramento das rotas migratórias e viagens de forrageio;4) Avaliar o mecanismo de ação inseticida do extrato de Prasiola crispa em preparações de neuromusculares de insetos;5)Avaliar o status de conservação de espécies de musgos e fungos liquenizados de áreas dedegelo da Antártica;6)Criar e implantar um banco de dados para INCT-APA em colaboração com os pesquisadores do Laboratório Nacional de Computação Científica/MCTI; 7) Desenvolver atividades na área de Educação a patir de temas da pesquisa antartica para o público em geral incluindo professores e estudantes da educação básica Os resultados obtidos sobre o impacto das mudanças naturais e antrópicas no ambiente antartico atmosférico, terrestre e marinho irão gerar uma rede de informações transdisciplinares que poderão aportar abordagens relevantes no conhecimento desta região longínqua para a sociedade.

Respostas Fisiológicas de Plantas a Ambientes Quentes

 

Mafioso, pequeno e matador: o que um vírus e mosquito pode nos dizer sobre gênero, nação e política no Ensino de Biologia

Esta palestra parte de duas críticas das questões de gênero, sexualidade no Ensino de Ciências. Numa primeira linha pretende questionar a ideia circulante que reduz a arena política de gênero e sexualidade a modos de tratamento de um conjunto de sujeitos, na escola, apresentando gênero e sexualidade como relações de poder que produzem corpos, sujeitos e coisas. Na segunda, experimenta explorar como seres não-humanos são agentes políticos e sociais também constituídos em arenas culturais Deste modo, seu objetivo é demonstrar como o discurso biológico das Ciências já funciona marcado por gênero e sexualidade, tomando como exemplo a política em torno do zika vírus. O argumento desenvolvido é que zika vírus funciona como uma formação de poder que reacende as ansiedades e pânicos em torno das fronteiras nacionais, trânsitos transnacionais, globalização e crise econômica, tomando o corpo das mulheres como uma campo de regulação sexual do Estado. Aponta, assim, que desdobramentos se pode ter desta visão para o Ensino de Biologia que toma objetos biológicos como supostamente desinvestidos da política de gênero e sexualidade.

Conservação em anfíbios e a Quitridiomicose no Brasil

As últimas duas décadas foram fundamentais para revelarmos e entendermos o declínio massivo dos anfíbios em todo o mundo. Diversas são as causas, mas principalmente a destruição do hábitat e surtos epidêmicos são as principais ameaças a estes animais. Nesta palestra estes temas serão abordados, com especial enfoque para as populações brasileiras. Resultados dos últimos 10 anos de pesquisa com a quitridiomicose, conservação de anfíbios, taxonomia e comportamento animal serão apresentados de forma sinergística, com intuito de informar e inspirar uma nova geração de pesquisadores da conservação.

Edição de genomas de insetos vetores e suas implicações ecológicas

O ato de modificar genomas animais não é uma atividade recente do ser humano. Já nos relatos de Darwin vemos que criadores de cães selecionavam as raças de acordo com características fenotípicas desejadas. Podemos considerar, num sentido amplo, que não deixa de ser uma forma de alterar o genoma na população. Do mesmo modo, a mutagênese utilizada para o estudo da função gênica modifica sequencias do DNA, ainda que estas mutações apresentem pequena probabilidade de serem mantidas na progenia ao longo do tempo. Com o uso disseminado de tecnologias do DNA recombinante (a nossa bem conhecida Biologia Molecular), foi se tornando cada vez mais fácil inserir genes próprios ou exógenos no genoma de animais modelo, produzindo transgênicos para estudos acadêmicos e propósitos biotecnológicos. No entanto, estes ensaios são extremamente laboriosos e normalmente restritos a umas poucas espécies animais. Tudo isto mudou com a "domesticação" do sistema CRISPR/Cas9 em 2011, que permite modificar genomas de uma forma muito mais fácil e abrangente. Através da utilização de uma sequencia de RNA guia e da atividade de apenas uma enzima, hoje podemos facilmente modificar genes in loco, em qualquer animal que tenha tido seu genoma sequenciado. Nesta apresentação, vou primeiramente abordar como o sistema CRISPR/Cas9 funciona e ilustrar sua recente utilização em várias áreas dentro das Biociências. Em seguida, vou apresentar o sistema de genética ativa, onde a incorporação de sequencias da enzima Cas9 junto a construções CRISPR é capaz de gerar uma distribuição genotípica na progenia que foge à genética mendeliana. Estas tecnologias são a base para um sistema de gene drive recentemente proposto para o controle de doenças carreadas por insetos vetores. Estima-se que a liberação de vetores modificados na natureza, sendo estes refratários a carrear o parasita, bactéria ou vírus, levaria a uma prevalência dos animais modificados relativamente aos animais selvagens em apenas três gerações. Enquanto esta é uma característica extremamente desejada para o controle de doenças, os impactos sobre o ecossistema devem ser discutidos antes que estas tecnologias comecem a ser largamente utilizadas. Urge, portanto, que biólogos de diferentes áreas tenham conhecimento destes avanços e possam discutir seus possíveis impactos.

Juntando cultura e paisagem: algumas abordagens da Ecologia Histórica

As paisagens são impregnadas de passado. São como que heranças das sucessivas relações entre homem e natureza, podendo ser interpretadas como um documento histórico. Numerosas resultantes ecológicas encontram-se registradas tanto na estrutura, na composição e na funcionalidade dos atuais ecossistemas. A proposta da palestra é examinar na paisagem as marcas deixadas pelo uso de ecossistemas por populações passadas. Usaremos três exemplos que se passaram em épocas diversas na história da ocupação humana da Mata Atlântica do Sudeste.

O que conhecemos sobre as respostas biológicas às mudanças climáticas?

No nosso cotidiano é muito comum encontrar notícias sobre as mudanças climáticas, principalmente sobre as tendências futuras de aquecimento global e seca, e suas consequências para o planeta. Mas afinal, qual será o efeito das mudanças climáticas sobre o funcionamento dos ecossistemas? Como será que as espécies estão respondendo à estas mudanças? Será que elas vão conseguir persistir sob estes novos regimes climáticos? Como será que processos microevolutivos podem afetar a persistência das espécies e a estabilidade do funcionamento dos ecossistemas? Aqui, pretendemos apresentar algumas das respostas à estas perguntas, bem como oportunidades ainda abertas para aprimorar nosso conhecimento acerca destas respostas.

Educação em Ciências e Biologia na EJA: provocações para o desajuste e a transformação

13,2 milhões de pessoas com 15 anos ou mais são analfabetas. A taxa de analfabetismo funcional dessa mesma população é 17,6%. Já a taxa de escolarização de jovens entre 18 a 24 anos é de 30,76% (IBGE, 2014). Não há como negar, que tais números confessam a urgência do cenário, mas, especialmente afrontam nossos ideais de mundo justo quando denunciam também a existência de tantas vidas precarizadas e vulneráveis, no que toca, inclusive, à inserção no mundo do trabalho, o acesso à saúde, aos bens culturais e à educação institucionalizada de qualidade. Em face dessa realidade social é preciso produzir conhecimentos e sensibilidades de desajuste e transformação. Ou seja, no que diz respeito à área de Educação em Ciências e Biologia ouvir e atuar perante as denuncias frequentes de seus professores em relação à formação lacunar para o trabalho na EJA ou à incipiência de materiais e recursos pedagógicos voltados para essa modalidade. É preciso questionar a produção dos currículos de Ciências e Biologia: como esses se configuram em meio às especificidades e aos saberes dos educandos da EJA? Sintonizam-se com suas expectativas e vivências na escola, nas cidades e no mundo do trabalho? Enfim, nos espaços de formação e atuação profissional do educador da EJA, o currículo desinteressado, neutro e enciclopédico de Ciências e Biologia precisa ser contrariado. Como é possível, por exemplo, que a escola, e especialmente, as aulas de Ciências e Biologia negligenciem a dimensão do trabalho que faz parte da vida dos educandos? O que significa sabermos tanto das enzimas que atuam em cada etapa do ciclo de Krebs e quase nada a respeito dos jovens e adultos trabalhadores que ocupam nossas salas de aula? É urgente o enfrentamento de nossas preconcepções e percepções tantas vezes preconceituosas e discriminatórias em relação aos jovens, especialmente, os pobres e os negros. São muitos os desafios, essa conversa tem intenção de refletir sobre algumas dessas questões.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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