De 11 a 15 de Maio
XIX BioSemana UFRJ - sobre a logo deste ano
A cada edição da BioSemana, são sugeridas ideias para a logo, e nessa surgiu a necessidade de se criar algo novo, mas que ao mesmo tempo relembrasse os primórdios do evento, assim como seus ideais. Tendo como inspiração as viagens cotidianas de um ônibus lotado, comecei a pensar: por que não me basear na própria ilha e no que nos circunda? Afinal, sempre quando queremos retornar às origens, recorremos ao lar, parte importante e primordial de nossa identidade. Sendo assim, tudo começou a ser moldado de forma que todos os elementos da composição fossem algo do cotidiano da ilha. As estruturas em galhos fazem alusão à vegetação do entorno, e suas dicotomias remontam a uma árvore filogenética, simbolizando o conhecimento biológico em si. Note que, ao mesmo tempo em que eles indicam um sentido de saída da ponte (representada ao fundo), há galhos terminais que aparentam ir em direção a ela, o que é uma alusão ao papel da universidade em si, exportando, gerando conhecimento e diversidade de pensamentos, ao mesmo tempo em que os importa e recebe.
O contorno das árvores simboliza não somente a Baía da Guanabara, mas também uma espécie de ninho, de onde partem as garças, sugerindo um ponto de origem (o próprio Fundão). As garças compõem os elementos de maior destaque na composição, sendo inspiradas na ideia da logo de 2008 e na própria fauna do entorno. Nesse caso, vemos a garça adulta ensinando a mais jovem a voar. A intenção foi a de dar destaque à troca entre as gerações, assim como a ideia de herança. Isso é uma alusão justamente ao modo de como é organizado esse evento, com diferentes gerações do curso trabalhando juntos e trocando experiências para que o evento continue ocorrendo e sempre melhore a cada edição. No céu da composição, ao fundo, foram desenhados urubus, que são uma alusão aos problemas e adversidades encontradas no decorrer da BioSemana. As garças, no entanto, se aventuram e voam, proporcionando um belo espetáculo.
Texto por Arthur Souza Brum da Costa